“A necessidade de desenvolver um relacionamento privado com Deus” ![]() Salmos 89.20, Atos 13.22 Li num livro, para ser mais específico – “O pastor imperfeito”, o relato do autor do livro, enquanto ainda era universitário, antes de exercer o ministério pastoral. O relato diz assim: “Eu era universitário de cabelo comprido, Bob era o pastor no campus, servindo ao ministério cristão dos navegadores. Regularmente ele me convidava parar orarmos juntos em lugares ermos. Olhando hoje para trás, fico maravilhado de como Bob não viu perda de tempo. Sou grato. Frequentemente, depois de duas horas de oração, ficávamos sentados juntos e conversávamos. Certa vez, Bob olhou para mim – Zack, disse ele “Você já foi descoberto”. O que? Perguntei. O que quer que aconteça em seu futuro, com todos os seus sonhos e esperança, quero que saiba que o ser descoberto já aconteceu. Jesus já o conhece, ouve as suas orações e se deleita em conhece-lo”. Ser descoberto, não supõe a ideia de ignorância divina, de alguém que procura por não saber onde aquilo que procura está. É atribuído a Deus por uma antropatia, é a forma humana de Deus se relacionar com os homens, usando a linguagem humana. O que estou apresentado aqui é a linguagem que Deus usa pra falar de seu relacionamento com os homens, dessa forma o que temos nestas expressões é a mais alta sabedoria e a mais rica graça divina, em descobrir, e conhecer através de relacionamento, íntimo e pessoal aqueles que ele alcança pela sua graça. Este relato ilustra aquilo que desejo trazer para vocês. A minha tese é muito simples – “precisamos desenvolver um relacionamento privado com Deus” Portanto, é preciso diferenciar do relacionamento público e coletivo com Deus, do relacionamento privado. O relacionamento desenvolvido na esfera pública, como no culto público e coletivo. É o culto que prestamos a Deus, a vida cristã desenvolvida como membros do corpo de Cristo no coletivo. Tudo isso não pode ser negligenciado, é necessário, tem o seu valor. No entanto, há um relacionamento privado, secreto que precisa ser desenvolvido, ali que Deus nos descobre, é aqui que Deus se deleita em conhecer-nos. Aqui só se encontra Deus e nós e mais ninguém, é aqui que há o derramar da alma, a exposição das nossas fraquezas, mas também grandes expressões de amor a Deus e desejo por Deus. Não há representações, não há o que esconder, não há máscaras, não há apelos ao sensacionalismo, e nem representações. O que há? Deus em todo seu amor, graça, justiça (confrontando-nos), perdão. Há pecadores, arrependidos, constrangidos pelo amor Deus, tocados pela graça e misericórdia (que é a causa de não sermos consumidos), tocados pelo perdão, com a alma transbordando de gratidão por tão grande salvação, expressando desejo por santidade e desejando ardentemente serem mais parecidos com o autor da nossa tão grande salvação – Jesus. Isto num tempo como nosso se torna um imenso desafio, pois hoje todas as coisas são colocadas na esfera pública, inclusive a “espiritualidade” de muitos. Como disse o pastor Rômulo monteiro, numa conversa sobre suicídio pastoral: “Aquilo que coloco na esfera pública que deveria ser só a Deus, me mostra o quanto eu estou longe de Deus” Creio haver uma grande necessidade de desenvolvermos uma intimidade secreta, privada com Deus. Pois é no secreto que Deus nos “encontra” e nos “conhece”. Deus que nos descobre e nos conhece na obscuridade ! O texto do Salmo 89.20, fala nos de Davi. Fala da aliança de Deus com Davi e com a sua descendência, e em Cristo que encontramos o cumprimento pleno dessa aliança em Jesus, por essa razão este salmo é intitulado de messiânico. É em Jesus que temos a promessa do reino feito a Davi. O salmista faz menção em alguns versos de modo peculiar:
O meu ponto é mostra-lhes que a soberania, fidelidade de Deus, bem como sua bondade, é vista no salmo 89. Soberania em Deus escolher a Davi e fidelidade em cumprir as promessas de forma plena na pessoa de Jesus o Cristo. De Davi podemos destacar as seguintes verdades: 1. Davi foi escolhido dentre o povo – Davi não havia descendido de grandes reis ou guerreiros heroicos. Ele não era de posição exaltada, ele havia crescido em uma vida humilde e em obscuridade (bem parecido com Jesus que viveu de modo humilde e também em obscuridade). Textos como 1 Sm 16.1,11,12, 19 descreve Davi a vida humilde e a sua obscuridade. 2. Davi foi eleito pela soberania de Deus – “Meu escolhido, eu o ungi”- Davi foi ungido três vezes. Por Samuel na casa do pai em Belém, uma vez em Hebrom como rei sobre Judá, e mais uma vez após sete anos, como rei sobre o trono de Israel. 3. Davi foi escolhido para uma grande obra. No seu tempo Davi cumpriu os propósitos de Deus (Atos 13.22,36). Davi é mencionado como servo do Senhor (2 Sm 7.5,8,26; Sl 132.20). Davi foi uma homem que Deus escolheu com uma missão, função e vocação. Deus o chamou de trás dos currais para o trono. No entanto antes de subir ao trono e cumprir a vontade de Deus ele já havia sido descoberto por Deus. Antes de exercer a vocação ele já era conhecido de Deus. O seu relacionamento com Deus se inicia no privado, no silêncio das multidões, na solidão das falas, que ele aprende a se relacionar com Deus. Longe das muitas atividades que ele obtém experiência e desfruta das providências divinas. As palavras de Davi, quando viu o Golias desafiando a Deus e o seu povo, mostra-nos o quanto a sua alma, era repleta de Deus (1 Sm 17.23; 26; 33-37; 45-47). Esta confiança não começou nos lugares públicos e sim na obscuridade, foi lá que ele descobriu a beleza, e fidelidade de Deus. Davi foi sim um homem público e demonstrava um relacionamento público com Deus (na coletividade), basta nos lembrar do episódio em que se prontificou a trazer a arca para Jerusalém (2 Sm 6.14-23). Porém antes de ser o homem de relacionamento público com Deus, era o um homem de relacionamento privado, pois lá que muitas vezes chorou, se arrependeu e desfrutou da sua graça. Deus encontrou a Davi no secreto, no privado. Desejo concluir, dizendo que podemos aprender que: 1. É na vida privada, no relacionamento secreto e íntimo que Deus nos conhece de modo pessoal, pois é aqui que Ele nos descobre; 2. É no relacionamento privado que a nossa fé em Deus se solidifica (é aqui que aprendemos a amá-lo, honra-lo, obedece-lo; confiar nEle e a descobrir o quanto Ele é maravilhoso); 3. É no relacionamento privado que somos preparado para a servir a Deus no público ( a tornar a nossa fé pública, a nos preparar para os grandes embates e realizarmos “grandes” coisa para Deus). Foi assim com Davi, foi assim com o Senhor Jesus (que cumpriu todos os desígnios de Deus e efetuou a plena obra de redenção) , foi assim com seus discípulos e deve ser assim conosco!
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PR.CRISTIANOA minha maior paixão é trabalhar na formação de pessoas em prol o reino de Deus. Saiba mais Histórico
November 2019
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