“A necessidade de desenvolver um relacionamento privado com Deus” ![]() Salmos 89.20, Atos 13.22 Li num livro, para ser mais específico – “O pastor imperfeito”, o relato do autor do livro, enquanto ainda era universitário, antes de exercer o ministério pastoral. O relato diz assim: “Eu era universitário de cabelo comprido, Bob era o pastor no campus, servindo ao ministério cristão dos navegadores. Regularmente ele me convidava parar orarmos juntos em lugares ermos. Olhando hoje para trás, fico maravilhado de como Bob não viu perda de tempo. Sou grato. Frequentemente, depois de duas horas de oração, ficávamos sentados juntos e conversávamos. Certa vez, Bob olhou para mim – Zack, disse ele “Você já foi descoberto”. O que? Perguntei. O que quer que aconteça em seu futuro, com todos os seus sonhos e esperança, quero que saiba que o ser descoberto já aconteceu. Jesus já o conhece, ouve as suas orações e se deleita em conhece-lo”. Ser descoberto, não supõe a ideia de ignorância divina, de alguém que procura por não saber onde aquilo que procura está. É atribuído a Deus por uma antropatia, é a forma humana de Deus se relacionar com os homens, usando a linguagem humana. O que estou apresentado aqui é a linguagem que Deus usa pra falar de seu relacionamento com os homens, dessa forma o que temos nestas expressões é a mais alta sabedoria e a mais rica graça divina, em descobrir, e conhecer através de relacionamento, íntimo e pessoal aqueles que ele alcança pela sua graça. Este relato ilustra aquilo que desejo trazer para vocês. A minha tese é muito simples – “precisamos desenvolver um relacionamento privado com Deus” Portanto, é preciso diferenciar do relacionamento público e coletivo com Deus, do relacionamento privado. O relacionamento desenvolvido na esfera pública, como no culto público e coletivo. É o culto que prestamos a Deus, a vida cristã desenvolvida como membros do corpo de Cristo no coletivo. Tudo isso não pode ser negligenciado, é necessário, tem o seu valor. No entanto, há um relacionamento privado, secreto que precisa ser desenvolvido, ali que Deus nos descobre, é aqui que Deus se deleita em conhecer-nos. Aqui só se encontra Deus e nós e mais ninguém, é aqui que há o derramar da alma, a exposição das nossas fraquezas, mas também grandes expressões de amor a Deus e desejo por Deus. Não há representações, não há o que esconder, não há máscaras, não há apelos ao sensacionalismo, e nem representações. O que há? Deus em todo seu amor, graça, justiça (confrontando-nos), perdão. Há pecadores, arrependidos, constrangidos pelo amor Deus, tocados pela graça e misericórdia (que é a causa de não sermos consumidos), tocados pelo perdão, com a alma transbordando de gratidão por tão grande salvação, expressando desejo por santidade e desejando ardentemente serem mais parecidos com o autor da nossa tão grande salvação – Jesus. Isto num tempo como nosso se torna um imenso desafio, pois hoje todas as coisas são colocadas na esfera pública, inclusive a “espiritualidade” de muitos. Como disse o pastor Rômulo monteiro, numa conversa sobre suicídio pastoral: “Aquilo que coloco na esfera pública que deveria ser só a Deus, me mostra o quanto eu estou longe de Deus” Creio haver uma grande necessidade de desenvolvermos uma intimidade secreta, privada com Deus. Pois é no secreto que Deus nos “encontra” e nos “conhece”. Deus que nos descobre e nos conhece na obscuridade ! O texto do Salmo 89.20, fala nos de Davi. Fala da aliança de Deus com Davi e com a sua descendência, e em Cristo que encontramos o cumprimento pleno dessa aliança em Jesus, por essa razão este salmo é intitulado de messiânico. É em Jesus que temos a promessa do reino feito a Davi. O salmista faz menção em alguns versos de modo peculiar:
O meu ponto é mostra-lhes que a soberania, fidelidade de Deus, bem como sua bondade, é vista no salmo 89. Soberania em Deus escolher a Davi e fidelidade em cumprir as promessas de forma plena na pessoa de Jesus o Cristo. De Davi podemos destacar as seguintes verdades: 1. Davi foi escolhido dentre o povo – Davi não havia descendido de grandes reis ou guerreiros heroicos. Ele não era de posição exaltada, ele havia crescido em uma vida humilde e em obscuridade (bem parecido com Jesus que viveu de modo humilde e também em obscuridade). Textos como 1 Sm 16.1,11,12, 19 descreve Davi a vida humilde e a sua obscuridade. 2. Davi foi eleito pela soberania de Deus – “Meu escolhido, eu o ungi”- Davi foi ungido três vezes. Por Samuel na casa do pai em Belém, uma vez em Hebrom como rei sobre Judá, e mais uma vez após sete anos, como rei sobre o trono de Israel. 3. Davi foi escolhido para uma grande obra. No seu tempo Davi cumpriu os propósitos de Deus (Atos 13.22,36). Davi é mencionado como servo do Senhor (2 Sm 7.5,8,26; Sl 132.20). Davi foi uma homem que Deus escolheu com uma missão, função e vocação. Deus o chamou de trás dos currais para o trono. No entanto antes de subir ao trono e cumprir a vontade de Deus ele já havia sido descoberto por Deus. Antes de exercer a vocação ele já era conhecido de Deus. O seu relacionamento com Deus se inicia no privado, no silêncio das multidões, na solidão das falas, que ele aprende a se relacionar com Deus. Longe das muitas atividades que ele obtém experiência e desfruta das providências divinas. As palavras de Davi, quando viu o Golias desafiando a Deus e o seu povo, mostra-nos o quanto a sua alma, era repleta de Deus (1 Sm 17.23; 26; 33-37; 45-47). Esta confiança não começou nos lugares públicos e sim na obscuridade, foi lá que ele descobriu a beleza, e fidelidade de Deus. Davi foi sim um homem público e demonstrava um relacionamento público com Deus (na coletividade), basta nos lembrar do episódio em que se prontificou a trazer a arca para Jerusalém (2 Sm 6.14-23). Porém antes de ser o homem de relacionamento público com Deus, era o um homem de relacionamento privado, pois lá que muitas vezes chorou, se arrependeu e desfrutou da sua graça. Deus encontrou a Davi no secreto, no privado. Desejo concluir, dizendo que podemos aprender que: 1. É na vida privada, no relacionamento secreto e íntimo que Deus nos conhece de modo pessoal, pois é aqui que Ele nos descobre; 2. É no relacionamento privado que a nossa fé em Deus se solidifica (é aqui que aprendemos a amá-lo, honra-lo, obedece-lo; confiar nEle e a descobrir o quanto Ele é maravilhoso); 3. É no relacionamento privado que somos preparado para a servir a Deus no público ( a tornar a nossa fé pública, a nos preparar para os grandes embates e realizarmos “grandes” coisa para Deus). Foi assim com Davi, foi assim com o Senhor Jesus (que cumpriu todos os desígnios de Deus e efetuou a plena obra de redenção) , foi assim com seus discípulos e deve ser assim conosco!
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João 1.43-51
O evangelho sob a perspectiva de João se diferencia dos demais, pois descreve a divindade de Jesus Cristo. Ele é o Verbo Divino – a palavra encarnada, a palavra viva de Deus, nele habita toda a plenitude da divindade (atributos, poderes divinos- os colossenses acreditavam terem sido divididos entre várias emanações. Paulo nega isso ao afirmar que a plenitude da divindade – todos os poderes e atributos divinos – não estavam espalhados entre as criaturas, mas habitava, por completo em Cristo somente Cl 2.19). Ele é a imagem perfeita de Deus (Cl 1.16 – neste texto Paulo usa o termo grego “eikon” para imagem, de onde vem “ícone”. Significa “espelho”. Embora Deus seja espírito e um espírito não tenha forma, ao usar esta palavra para Jesus o apóstolo Paulo está dizendo que quando Deus se olha no espelho, este reflete um rosto. Há um rosto lá, no espelho. É o rosto de Jesus. Quando Deus olha no espelho ele vê Jesus. Quando Jesus olha no espelho ele vê Deus. João mostra isso porque Jesus disse isso. É em Jesus que encontramos Deus. Jesus é o Verbo divino (logos - filosofo gregos ao estudar a visão do grande mundo (macrocósmico) . Ao observar a ordem por trás do mundo criado, entendeu que havia uma mente, uma razão por trás dessa ordem , esse era o Logos). O que João declara que esse logos , esse verbo é Jesus Cristo – Ele é o sentido de todas as coisas : nele esta a vida; ele é a luz; o criador de todas as coisas; a graça e a verdade de Deus a revelação perfeita de Deus! Ele é a resposta para as verdadeiras necessidades humanas. Quem o encontra o verdadeiro Deus! É no evangelho escrito por João que encontramos as narrativas de encontros e diálogo que pessoas tiveram com Jesus, entre os quais estão: Natanael, Nicodemus, a mulher Samaritana, o oficial, o coxo de Bethesda, a mulher adúltera, o cego de nascença. Todos esses encontros foram transformadores e mostra como Jesus o verbo divino os toque com o seu poder transformador. Encontro com um jovem cético Neste texto Jesus se interage com um grupo de estudante (discípulos – Filipe, (de modo indireto Pedro e André – achamos) e Natanael (dom de Deus) talvez fosse um, aparece aqui de modo direto e em 21.2 (que menciona que ele era de caná da galiléia)). Na época não havia universidades; se quisesse estudar, você se unia a um mestre. Havia muitos mestres espirituais, e muitos os seguiam e se tornavam seus alunos ou discípulos. Talvez o mestre mais ousado da época fosse João Batista. Esse encontro Talvez trate do mais fundamental de todos os grandes questionamentos da vida: onde procurar as respostas para os grandes questionamentos da vida? E onde não procurá-las? Vejamos algumas características de Natanael: Um intelectual esnobe Em Jerusalém, todos menosprezavam os galileus. Esse tipo de atitude é característico da raça humana.Algumas regiões costumam menosprezar outras regiões dizendo que ficam “no lado ruim da cidade”. Como o menosprezado lida com isso? Procurando outros a quem possa menosprezar. E assim sucessivamente. Embora Natanael não fosse de Jerusalém, mas de determinada região da Galileia, sentia se no direito de menosprezar um lugar como Nazaré, localizada em uma região da Galileia considerada ainda mais atrasada e primitiva. Natanael não podia acreditar que alguém de um lugar como Nazaré tivesse as respostas para os grandes questionamentos do nosso tempo. “Está me dizendo que ele tem as respostas e é de Nazaré? Hum, acho impossível.” Seus olhos reviram. “Ele vem de lá? Mesmo?”O primeiro aspecto importante da história de Natanael é, então, o problema do orgulho e do desdém. Lição: “Há um perigo muito grande de associarmos o evangelhos à coisas grandes , enquanto o evangelho se mostra em simplicidade, mas em grandeza de poder e eficácia! Um jovem em busca de resposta Sob as afirmações clamorosas e públicas de ceticismo, havia muita busca espiritual velada. Natanael era sincero em sua busca. Timothy Keller traduz bem a busca de Natanael: “Apesar de tanta confusão, note que Natanael ainda assim acompanhou Filipe ao encontro com Jesus. Por quê? Como muitos jovens judeus da sua geração, ele lutava com o fato de que os judeus se encontravam sob o jugo de Roma e não tinham ideia do que Deus estava fazendo. Atravessavam uma crise de identidade racial coletiva. Deveriam sair à procura de um messias? Qual seria seu futuro? Continuavam sendo o povo de Deus ou não mais? Deus os rejeitara? É evidente que Natanael não estava satisfeito com as respostas que obtivera das pessoas. Não devia andar muito feliz com o próprio entendimento das coisas nem, possivelmente, com sua condição espiritual. Por isso pensou: “Talvez e devesse procurar em Nazaré, por incrível que pareça”. Se você, como Natanael, estiver disposto a reconhecer sua profunda necessidade de descobrir respostas melhores do que aquelas de que dispõe para os grandes questionamentos e se concordar em parar de revirar os olhos para o cristianismo, eu o convido a pensar no homem de Nazaré. Lição:A resposta não estava em Nazaré, mas no homem de Nazaré. Um jovem sincero Jesus refere-se a ele como um israelita “em quem não há fingimento!” (v. 47). O que Jesus quis dizer foi que a franqueza de Natanael revelou que ele era um israelita sem motivos duplos, que estava disposto a examinar por si mesmo as afirmações feitas a respeito de Jesus. O termo revela um coração honesto que quer saber a verdade. Na mente de Jesus, um israelita honesto e sincero se tornara uma exceção em vez de ser a regra (2.23-25). O Jesus que desnuda os corações Jesus, no entanto, mostra-nos algo sobre si mesmo. Ele consegue enxergar nossa essência, mas, mesmo assim, sabe ser gentil conosco. Natanael se surpreende com a percepção de Jesus (talvez também com sua generosidade de espírito) e pergunta:“Como me conheces tão bem?”.Ao que Jesus replica como quem não quer nada: “... eu te vi, quando estavas debaixo da figueira” (v. 48). Ele revela algo que convence a Natanael -o que Natanael fazia debaixo da figueira ninguém sabe. Só importa que ele não conseguia acreditar que Jesus soubesse desse fato. Era algo muito pessoal, por isso tão importante, tão impressionante que Jesus soubesse disso e ainda o apoiasse. Portanto, ele diz: “Tu és o rei de Israel! Tu és o Messias!”. Jesus aumenta a expectativa de Natanael. “Você crê por causa disso? Vou lhe dizer a verdade, você verá anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem”.Ele sempre será muito mais do que você jamais imaginou que ele fosse. Quando diz que Natanael verá anjos subindo e descendo sobre o Filho do homem, ele se refere à ocasião do Antigo Testamento em que Jacó adormece e vê uma escada entre a terra e o céu, com anjos subindo e descendo por ela. Os anjos são um sinal da presença majestosa de Deus. Como as pessoas se afastaram de Deus e se destruíram umas às outras, há uma pedra enorme entre o céu e a terra. Um muro entre o ideal e o real. Mas Jacó teve essa visão, o sonho de que, de alguma maneira, um dia existirá uma ligação entre o céu e a terra, um caminho para se chegar à presença de Deus. E eis que Jesus faz a incrível afirmação de que ele é esse caminho. Ele é aquele que abriu um caminho até a presença de Deus. “Portanto irmãos , tendo coragem para entrar no lugar santíssimo por meio do sangue de Jesus, pelo novo e vivo acesso que ele nos abriu através do véu, isto é , do seu corpo”. Hb 10.19,20 Estudo sintético Tema: “Uma história de amor que atravessa as eras”.
Título: “O julgamento e o amor redentivo de Deus”. Propósito do livro 1. Trazer a Israel a visão clara da sua condição espiritual, e a visão da posição do SENHOR diante dessa realidade. 2. É uma grande exortação ao arrependimento dirigida as dez tribos, durante 60 anos antes do cativeiro destas. 3. Mostrar que Israel, a esposa infiel, abandona seu esposo (Deus) compassivo, que a acolhe novamente. 4. Mas seu trabalho está completamente voltado para o Reino do Norte. 5. Muitas vezes no livro aparece o Reino de Israel como Efraim, isto por ser a tribo de Efraim a maior dentre as dez. Esfera de Ação
Peculiaridade do Livro de Oséias A singularidade do livro de Oséias se dá pelo fato de a mensagem profética ser construída dentro de analogia do relacionamento conjugal. O que de fato torna o livro peculiar é o fato de que Deus usa o casamento e a infidelidade da mulher de Oséias para falar acera da infidelidade de seu povo e do amor de Oséias com o seu amor pelo seu povo. Os filhos deste casamento são chamados por nomes simbólicos, indicativos do rompimento da aliança entre Javé e Israel (Os 1. 5,6,9). COMO OS FILHOS ERAM – O JUÍZO DE DEUS 1. Jizreel (1.4). Primogênito. “Deus semeia”. Era o nome da cidade onde Jezabel, a idólatra sanguinária foi morta: 2Reis 9.30-37 e 2Reis 10.1-11. Este nome evocava juízo. Jizreel: onde Deus julgou os idólatras. A menção do nome do menino ensinava às pessoas o juízo. A lição: Deus trataria a nação como idólatra. 2. Lo-Ruama (1.6). “Não compaixão”. No hebraico não havia a preposição “sem”. O “não” fazia esta função. A menção do nome da menina ensinava que Deus deixaria de lado sua compaixão. Deus julgaria Israel como se fosse uma nação idólatra, sem compaixão. A lição: Deus pode suspender sua compaixão. 3. Lo-Ami. Em 1.8. “Não meu povo”. Este era o caçula. Deus julgaria Israel como se fosse uma nação idólatra, e sem compaixão, porque não era seu mais povo. Ele estava rejeitando o povo. A lição: os pecados do povo haviam esgotado a paciência de Deus. Três filhos, três lições. Guardemos isto: O pecado não passa despercebido diante de Deus. Ponto de tensão do livro de Oséias O casamento de Oséias com Gomer tem sido alvo de discórdia entre os estudiosos.
O declínio do povo 1. Votos quebrados - O termo chave de Oséias , a palavra “Hesed” (amor, aliança), é traduzido em português como misericórdia , bondade, amor constante, amor fiel. Deus amou o seu povo profundamente e esse povo estava ligado a ele num relacionamento de aliança como num casamento. Mas esse povo foi atrás de outros amantes e quebrou seus votos de amor, de aliança e lealdade (1.1-2.13). 2. Líderes inúteis – Umas das graves dificuldades que os profetas do século VIII tiveram que enfrentar foi o sério fracasso moral de muitos dos profetas e sacerdotes contemporâneos. Homens que deveriam ter sido um exemplo espiritual valioso para seus conterrâneos eram espiritualmente decadentes e corruptos (4.1-10). 3. Amigos errados – Em toda a sua fraqueza, os líderes do reino do norte buscavam o auxílio de seus vizinhos pagãos. Embora Israel fosse materialmente e economicamente prospero, Deus fez esse povo decair. Com medo de ser invadido por um inimigo poderoso, tentavam fortificar-se e fortalecer sua posição fazendo alianças com outros países. Todos os profetas viam esse tipo de procedimento como indicação clara de falta de confiança em Deus, e como a mais séria expressão exterior de desobediência e apostasia (5.13-14; 7.8-16;8.8-10; 12.1;14.3). 4. Culto corrupto – O que mais entristecia os profetas deste período era o fato de que, enquanto acontecia toda essa apostasia, não havia falta de sacrifícios e ofertas sobre os altares de ambos os reinos, mas eles não eram oferecidos ao Senhor Deus coo expressão de profunda gratidão e transbordante amor. A vida espiritual da nação tornara se contaminada por práticas religiosas que eles tinham adotado dos cananeus, que viviam nessa terra antes deles chegarem. Estas incluíam toda sorte de rituais e cerimonias degradantes, como a “prostituição sagrada”. Oferecia – se culto a Baal, o deus da terra adorado pelos cananeus. Se havia uma colheita especialmente boa, os israelitas atribuíam esse favor generoso a Baal em vez de ao Senhor Deus que lhes havia trazido à terra prometida (2.8-13; 7.14-16; 8.11-13; 10.1-10; 11.1-2). O amor de Deus Contudo, a despeito de sua rebelião e depravação, Deus os amava. Mostrara seu amor há longo do tempo, tirando – os da escravidão egípcia (11.1,3). Mesmo quando o tinham entristecido, não lhe era possível desistir deles (11.8-9). Ansiava que voltassem para ele. Assim como o próprio profeta fizera tudo que lhe era possível para recuperar sua esposa de seu pecado e degradação, do mesmo modo Deus implorava a Israel que voltasse para si (14.1-2). Ele desejava amor firme, amor de aliança (hesed) e não sacrifício (6.6). Se voltassem a ele em sinceridade de coração, seriam perdoados (14.2) e curados (14.4), e Deus os estabeleceria e faria com que prosperassem em todos os seus caminhos (14.4-7). “Porque a sua ira dura apenas um momento, no seu favor esta a vida; o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”. Salmos 30.5 Lições vivenciais 1. O tempo de prosperidade do povo de Deus ao invés de despertar a gratidão no povo de Deus, levou-os a insensibilidade. 2. O terrível problema do pecado. Dois textos de Oséias nos ajudam entender: “seu cabelo vai ficando grisalho, mas ele nem repara nisso” (7.9). Com essa imagem viva, Oséias esta dizendo que a vida espiritual e moral da nação decaíram seriamente, que a nação é parecida com a pessoa que está completamente despercebida de seus primeiros cabelos brancos! “A luxúria, e o vinho, e o mosto tiram o coração” (4.11). Uma analogia aqueles que vivem no pecado perde a sobriedade. Ou seja, é dominado pelo pecado. Assim com Gomer torna-se escrava da sua luxúria e exposta a vergonha (3.1-5). 3. O Senhor ama com fidelidade o seu povo, mesmo quando o seu povo se torna infiel. ![]() Texto: 1 Jo 2.20, 27 Se há um tema mal interpretado, é o que esta em questão – a unção. Às vezes fico pensando se de fato alguns temas abordados por muitos cristãos, são frutos de uma reflexão bíblica. Em muitos casos me parece que alguns temas tratados são fruto daquilo que chamamos de teologia popular, ou seja, é a livre expressão do pensamento religioso comum. Ás vezes sem conhecimento da doutrina bíblica e baseada em conceitos distorcidos e restritos. Creio que o tema em apreço às vezes e tratado dentro do aspecto da teologia popular. “Fulano é ungido, já ciclano não é”! Essa expressão tem sido usada para descrever de forma leviana por muitos, pois muitas das vezes é usada para associar a oratória de um pregador, às vezes a sua superficialidade. “ Parece-me que quanto mais ignorante e raso mais ungido o pregador”! É óbvio que um conhecimento profundo teológico das escrituras não é sinônimo de unção. Assim como quanto mais ignorante a pessoa, também não significa que ela seja mais ungida. É preciso avaliar o tema dentro da totalidade das Escrituras, do seu aspecto revelacional e histórico e contextual Definindo unção no aspecto geral A origem da unção era de uma prática de pastores. Piolhos e outros insetos muitas das vezes entravam na lã da ovelha, e quando chegavam perto da sua cabeça, podiam entrar em suas orelhas e mata – las. Assim, os pastores as ungiam para protege las (Sl 23.5). No Antigo Testamento A palavra ungir aparece 66 vezes no antigo testamento, com o significado de untar, ungir, espalhar líquido (mashach). 1. Era uma prática realizada em pessoas:
2. Era uma prática realizada nos utensílios do tabernáculo ou no templo:
3. Há uma associação do ato de ungir com o Espírito Santo no Antigo testamento. Em I Sm 16.13, encontramos que após ser ungido o Espírito Santo se apoderou dele. A palavra apoderar (tsalach) tem o significado de – tornar próspero conduzir a um bom trabalho, fazer prosperar, (capacitou?, Is 61.11). No Novo testamento Há duas palavras que são usadas no Novo testamento para ungir. Uma é a palavra αλειφω aleipho , essa palavra aparece 9 vezes no Novo Testamento :
O Contexto de 1 Jo 2.20, 27 Tem se debatido muito ao que se refere esta unção. Alguns tem entendido que seja uma referência à Palavra do Evangelho, por causa do paralelismo de 2.27 (“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine”) e 2.24 (“Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio”). Outros de que a unção é o próprio Espirito Santo. João quer dizer é que o Espírito Santo agiu de uma maneira espiritual exclusiva de consagrar o verdadeiro crente, para que ele seja capaz de perceber a verdade. Esta compreensão tem o apoio do ensino de Cristo, conforme o relato no Evangelho de João (Jo 16.13; 14.17; 15.26) , é a mesma idéia de 1 Jo 2.27. Paulo também corrobora para a idéia de que a unção tem haver com a pessoa do Espirito Santo ( 2 Cor 1.21-22). Lições vivenciais O que temos visto ajuda nos a ter uma visão geral das Escrituras acerca do assunto e nos leva a entender que todos o creram em Jesus tem a unção do Espirito Santo e por ele são selados ( Ef 1.13), ele é garantia da nossa salvação e aquele que nós conduz em discernimento espiritual. DEVOCIONAL - VOL 11 | De 02/12/2018 ![]() Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. (Mateus 24:11) Uma das características dos falsos profetas é a falta de comprometimento com as verdades de Deus, falsos profetas são conhecidos não por falarem a verdade, mas sim por ensinarem aquilo que o povo quer ouvir, ocultando assim as verdades contidas na palavra de Deus. No antigo testamento uma das maneiras de Deus se comunicar com o seu povo foi por meio de profetas, que são mais conhecidos como “agentes de Deus” eles eram os porta- vozes de Deus para o seu povo. Uma das coisas que faziam distinção entre um profeta verdadeiro e um profeta falso é a maneira como eles começavam suas profecias, o verdadeiro profeta começa declarando que a mensagem que falavam não era produto das suas imaginações, mas sim palavras reveladas por Deus a eles, essa é a razão pela qual muitas vezes eles começavam suas profecias com essas palavras: “assim diz o Senhor, ou assim me disse o Senhor”, isso nos mostra que eles falavam por inspiração divina. Agora um falso profeta falava daquilo que imaginavam em seu coração e sempre falavam o contrário do verdadeiro profeta, fazendo assim, errar o povo de Deus. Pensando nisso entendo que todo aquele que fala àquilo que somente agrada aos seus ouvintes, está fazendo um desserviço para Deus e atraindo juízo para si mesmo. A verdade na boca dos verdadeiros profetas é cura para a alma sedenta por Deus. - Pr. Fábio de Freitas PALAVRA PASTORAL - VOL 10 | De 25/11/2018 ![]() Romanos 11.6 No Novo Testamento, graça não é uma benção ou uma influência que recebemos da parte de Deus, mas, antes, um atributo de Deus que governa sua atitude para com o homem, e pode ser definida como seu amor e favor não merecidos. A própria essência da graça é ser ela imerecida. No momento em que temos de fazer alguma coisa para nos tornarmos mais aceitáveis a Deus, ou no momento em que precisamos de certo sentimento ou atributo de caráter a fim de sermos abençoados por Deus, a graça não é mais graça. A graça nos convida a vir (mais do que isso, ela exige que venhamos) como pecadores vazios, para sermos abençoados; esvaziados de quaisquer sentimentos de retidão, de bom caráter e de feitos apreciáveis, sem nada para nos recomendar a não ser nossa profunda necessidade, franca e plenamente reconhecida. Então a graça é atraída para aquela necessidade, a fim de atendê-la, tal como a água é atraída para as profundezas, enchendo as. Isto significa que, quando afinal nos contentamos em não achar em nós mérito algum ou coisa alguma que nos justifique, e estamos dispostos a admitir toda a nossa pecaminosidade, então não há limites para o que Deus fará ao pobre que o contempla em sua nulidade. Se o que recebemos de Deus depende, ainda que em pequena escala do que somos ou fazemos, então o máximo que podemos esperar não será mais que umas gotas espaças de bênçãos. Mas se o que vamos receber é medido pela graça de Deus, á parte das obras, então só há uma palavra adequadamente descreve o que ele derrama sobre nós, a palavra que frequentemente esta ligada a graça no Novo testamento – ABUNDÂNCIA! - Roy Hession ...Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância... (Jo 10.10) Assinado: Jesus Cristo o filho de Deus, aquele que morreu por nossos pecados! PALAVRA PASTORAL - VOL 9 | De 18/11/2018 Creio que ao ler esta frase veio a sua mente o versículo de Mateus capítulo 18.20 que diz: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles”. No entanto, o que desejo transmitir nesta pastoral é um pensamento bem diferente. O pensamento é que: “Onde estiverem dois ou três reunidos, haverá divergências de pensamentos”. Creio que seja impossível duas pessoas não divergirem em alguns pontos, e quando se reúnem e se expressam, isto torna evidente. Na comunidade dos santos não é diferente, existem pontos divergentes de pensamentos, ideias, gostos, estilos etc... Alguns fatores contribuem para isso, por exemplo: perfis de personalidades (não somos iguais, uma cópia de robôs), aspecto social (fomos criados em família diferentes, com históricos diferentes, culturas diferentes), aspecto cultural espiritual (quando me refiro a esse aspecto, digo que, nem todos têm o mesmo conhecimento teológico, sem contar que muitas vezes a nossa crença é muito mais fruto da cultura espiritual em que fomos criados, do que da própria Escritura) outros fatores poderiam ser observados. Penso que todos esses fatores podem estimular a quebra da Unidade do corpo de Cristo, a não ser que sigamos o que Paulo ensinou em Filipenses 2. 1-5 que diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus”. Outro fato que devemos pensar é que, dissenção é relatada na bíblia como obra da carne, e por isso precisamos viver uma vida sob o domínio do Espirito Santo conforme Gálatas 5.16-26. “As nossas diferenças não devem ser um motivo para quebrar a unidade do corpo de Cristo, pois agir assim, é agir contra Deus e a sua obra, se tornando adversário de Deus e associando a Satanás”. Pense nisso! Pr. Cristiano Nogueira de Freitas DEVOCIONAL - VOL 8 | De 11/11/2018 Colossenses 2.6
Se recebemos o próprio Cristo em nosso coração, a nossa vida nova se manifestará em familiaridade íntima com Ele, por meio de um andar de fé nEle. Andar implica em ação. Nossa fé não pode ficar confinada ao momento de oração particular. Temos de manifestar em nossa vida diária aquilo que cremos. Se um homem anda em Cristo, ele se comporta como Cristo se comportaria. Desde que Cristo está nele como sua esperança, seu amor, sua alegria, sua vida, ele é o reflexo da imagem de Jesus. As pessoas dirão a respeito desse homem: "Ele é semelhante ao seu Senhor; ele vive como Jesus Cristo". Andar significa progresso. "Assim andai nele." Avance de graça em graça, prosseguindo até que alcance o mais elevado grau de conhecimento que alguém pode obter a respeito de seu Amado. Andar significa persistência. Tem de haver um contínuo permanecer em Cristo. Muitos crentes pensam que podem buscar a companhia de Jesus pela manhã, bem como à noite, e entregar seu coração às coisas do mundo no restante do dia. Esta é uma maneira pobre de viver. Devemos sempre estar com Jesus, andando em suas pisadas e fazendo a sua vontade. Andar também implica em hábito. Quando falamos sobre o andar e os relacionamentos de um homem, estamos falando sobre os hábitos e o caráter permanente dele. Se, às vezes, desfrutamos de Cristo e, depois, nos esquecemos dele; se, às vezes, o chamamos nosso e, depois, perdemos a segurança, isto não é hábito. Não andamos nEle. Temos de nos manter perto d Ele, apegarmos-nos a Ele e nunca O deixarmos. "Como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele." Persevere no caminho em que começou. No princípio, o Senhor Jesus era a confiança de sua fé, a fonte de sua vida, o princípio de sua ação e a alegria de seu espírito. Permita que Ele seja o mesmo até ao final de sua vida - o mesmo quando você cruzar o vale da sombra da morte e entrar n a alegria e no descanso que permanece para o povo de Deus. Espírito Santo, capacita-nos a obedecer este preceito divino. - Charles H. Spurgeon PALAVRA PASTORAL - VOL 7 | De 04/11/2018 ![]() Gálatas 2.20 “De fato, fui crucificado com Cristo”. Meu ego não ocupa mais o primeiro lugar. Pouco me importa parecer justo ou ter um bom conceito entre vocês: não estou tentando impressionar a Deus. Agora Cristo vive em mim. A vida que vivo não é "minha”, mas é vivida pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. E eu não volto atrás." (Bíblia a mensagem) Você crê em Deus e no evangelho de Cristo o suficiente para entregar a sua vida por eles? Fico pensando em qual seria a resposta que muitos de nós daríamos a esta pergunta. Creio porém que o maior desafio de nossas vidas não é o de morrer por Cristo e sim o de viver por ele. O mesmo Paulo que estava disposto a entregar a sua vida (no sentido de morrer, é o mesmo que estava disposto a viver por ele. Fp 1.20 e 21). Não me diga que estás disposto a morrer por ele se ainda não aprendeu a viver por ele! O que Deus de fato espera de nós? Que Cristo viva em nós e que nós vivamos para Cristo! Agora precisamos entender as implicações disto. Só viveremos para Cristo se estivermos mortos para nós mesmos, na verdade é exatamente isto que Paulo esta dizendo neste texto "fui crucificado com Cristo" ninguém usa essa expressão sem considerar o peso dela. Não vivemos para nós mesmos! É claro que precisamos entender que o estar mortos para nós mesmos não é deixar de viver e sim descobrir a realidade do que é viver. E isto só é possível quando toda a nossa vida deixa de ser vivida para o nosso bel prazer e passa a ser vivida para a glória de Deus (1 Co 10.31), ou seja, nossa vida passa a ser restruturada de acordo com a vontade revelada através do evangelho, ou ainda viver como Deus quer que vivamos. Somos participantes da sua morte para vivermos a sua vida (Rm 6.6-11). A nossa entrega a Deus esta ligada a confiança que temos em Cristo e no seu evangelho, aquele que se entregou por mim é digno de mim! Ele vive em nós, como dizia João Calvino: “Há duas maneiras de vivermos a verdadeira vida cristã: uma consiste em governar-se por meio de seu Espírito e dirigir todas as nossas ações; outra, em tornar-se participantes de sua justiça, de modo que, embora nada possamos fazer por nós mesmos, somos aceitos aos olhos de Deus. A primeira se relaciona à regeneração; a segunda, à justificação pela graça. Essa vida em Cristo consiste em fé”. Cristo só será o nosso alvo se entendermos o quão precioso ele é, enquanto não descobrirmos o quão valioso Cristo é, dificilmente nos entregaremos de uma maneira completa. Estaremos dispostos a renunciarmos a nós mesmos e a redefinirmos a nossa vida de acordo com a vontade de Deus através da sua palavra e do evangelho quando descobrirmos que Cristo é o que há de mais precioso. É a perola de grande valor (Mt. 13.44- 45). Conclusão: Você crê em Deus e no evangelho de Cristo o suficiente para entregar a sua vida por eles? Não seja precipitado em responder. Pense, se você não esta disposto a entregar o seu tempo (pelo menos parte dele), parte do seu dinheiro, como estaria disposto a lhe entregar uma vida toda? - Pr. Cristiano Nogueira de Freitas |
PR.CRISTIANOA minha maior paixão é trabalhar na formação de pessoas em prol o reino de Deus. Saiba mais Histórico
November 2019
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