João 1.43-51
O evangelho sob a perspectiva de João se diferencia dos demais, pois descreve a divindade de Jesus Cristo. Ele é o Verbo Divino – a palavra encarnada, a palavra viva de Deus, nele habita toda a plenitude da divindade (atributos, poderes divinos- os colossenses acreditavam terem sido divididos entre várias emanações. Paulo nega isso ao afirmar que a plenitude da divindade – todos os poderes e atributos divinos – não estavam espalhados entre as criaturas, mas habitava, por completo em Cristo somente Cl 2.19). Ele é a imagem perfeita de Deus (Cl 1.16 – neste texto Paulo usa o termo grego “eikon” para imagem, de onde vem “ícone”. Significa “espelho”. Embora Deus seja espírito e um espírito não tenha forma, ao usar esta palavra para Jesus o apóstolo Paulo está dizendo que quando Deus se olha no espelho, este reflete um rosto. Há um rosto lá, no espelho. É o rosto de Jesus. Quando Deus olha no espelho ele vê Jesus. Quando Jesus olha no espelho ele vê Deus. João mostra isso porque Jesus disse isso. É em Jesus que encontramos Deus. Jesus é o Verbo divino (logos - filosofo gregos ao estudar a visão do grande mundo (macrocósmico) . Ao observar a ordem por trás do mundo criado, entendeu que havia uma mente, uma razão por trás dessa ordem , esse era o Logos). O que João declara que esse logos , esse verbo é Jesus Cristo – Ele é o sentido de todas as coisas : nele esta a vida; ele é a luz; o criador de todas as coisas; a graça e a verdade de Deus a revelação perfeita de Deus! Ele é a resposta para as verdadeiras necessidades humanas. Quem o encontra o verdadeiro Deus! É no evangelho escrito por João que encontramos as narrativas de encontros e diálogo que pessoas tiveram com Jesus, entre os quais estão: Natanael, Nicodemus, a mulher Samaritana, o oficial, o coxo de Bethesda, a mulher adúltera, o cego de nascença. Todos esses encontros foram transformadores e mostra como Jesus o verbo divino os toque com o seu poder transformador. Encontro com um jovem cético Neste texto Jesus se interage com um grupo de estudante (discípulos – Filipe, (de modo indireto Pedro e André – achamos) e Natanael (dom de Deus) talvez fosse um, aparece aqui de modo direto e em 21.2 (que menciona que ele era de caná da galiléia)). Na época não havia universidades; se quisesse estudar, você se unia a um mestre. Havia muitos mestres espirituais, e muitos os seguiam e se tornavam seus alunos ou discípulos. Talvez o mestre mais ousado da época fosse João Batista. Esse encontro Talvez trate do mais fundamental de todos os grandes questionamentos da vida: onde procurar as respostas para os grandes questionamentos da vida? E onde não procurá-las? Vejamos algumas características de Natanael: Um intelectual esnobe Em Jerusalém, todos menosprezavam os galileus. Esse tipo de atitude é característico da raça humana.Algumas regiões costumam menosprezar outras regiões dizendo que ficam “no lado ruim da cidade”. Como o menosprezado lida com isso? Procurando outros a quem possa menosprezar. E assim sucessivamente. Embora Natanael não fosse de Jerusalém, mas de determinada região da Galileia, sentia se no direito de menosprezar um lugar como Nazaré, localizada em uma região da Galileia considerada ainda mais atrasada e primitiva. Natanael não podia acreditar que alguém de um lugar como Nazaré tivesse as respostas para os grandes questionamentos do nosso tempo. “Está me dizendo que ele tem as respostas e é de Nazaré? Hum, acho impossível.” Seus olhos reviram. “Ele vem de lá? Mesmo?”O primeiro aspecto importante da história de Natanael é, então, o problema do orgulho e do desdém. Lição: “Há um perigo muito grande de associarmos o evangelhos à coisas grandes , enquanto o evangelho se mostra em simplicidade, mas em grandeza de poder e eficácia! Um jovem em busca de resposta Sob as afirmações clamorosas e públicas de ceticismo, havia muita busca espiritual velada. Natanael era sincero em sua busca. Timothy Keller traduz bem a busca de Natanael: “Apesar de tanta confusão, note que Natanael ainda assim acompanhou Filipe ao encontro com Jesus. Por quê? Como muitos jovens judeus da sua geração, ele lutava com o fato de que os judeus se encontravam sob o jugo de Roma e não tinham ideia do que Deus estava fazendo. Atravessavam uma crise de identidade racial coletiva. Deveriam sair à procura de um messias? Qual seria seu futuro? Continuavam sendo o povo de Deus ou não mais? Deus os rejeitara? É evidente que Natanael não estava satisfeito com as respostas que obtivera das pessoas. Não devia andar muito feliz com o próprio entendimento das coisas nem, possivelmente, com sua condição espiritual. Por isso pensou: “Talvez e devesse procurar em Nazaré, por incrível que pareça”. Se você, como Natanael, estiver disposto a reconhecer sua profunda necessidade de descobrir respostas melhores do que aquelas de que dispõe para os grandes questionamentos e se concordar em parar de revirar os olhos para o cristianismo, eu o convido a pensar no homem de Nazaré. Lição:A resposta não estava em Nazaré, mas no homem de Nazaré. Um jovem sincero Jesus refere-se a ele como um israelita “em quem não há fingimento!” (v. 47). O que Jesus quis dizer foi que a franqueza de Natanael revelou que ele era um israelita sem motivos duplos, que estava disposto a examinar por si mesmo as afirmações feitas a respeito de Jesus. O termo revela um coração honesto que quer saber a verdade. Na mente de Jesus, um israelita honesto e sincero se tornara uma exceção em vez de ser a regra (2.23-25). O Jesus que desnuda os corações Jesus, no entanto, mostra-nos algo sobre si mesmo. Ele consegue enxergar nossa essência, mas, mesmo assim, sabe ser gentil conosco. Natanael se surpreende com a percepção de Jesus (talvez também com sua generosidade de espírito) e pergunta:“Como me conheces tão bem?”.Ao que Jesus replica como quem não quer nada: “... eu te vi, quando estavas debaixo da figueira” (v. 48). Ele revela algo que convence a Natanael -o que Natanael fazia debaixo da figueira ninguém sabe. Só importa que ele não conseguia acreditar que Jesus soubesse desse fato. Era algo muito pessoal, por isso tão importante, tão impressionante que Jesus soubesse disso e ainda o apoiasse. Portanto, ele diz: “Tu és o rei de Israel! Tu és o Messias!”. Jesus aumenta a expectativa de Natanael. “Você crê por causa disso? Vou lhe dizer a verdade, você verá anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem”.Ele sempre será muito mais do que você jamais imaginou que ele fosse. Quando diz que Natanael verá anjos subindo e descendo sobre o Filho do homem, ele se refere à ocasião do Antigo Testamento em que Jacó adormece e vê uma escada entre a terra e o céu, com anjos subindo e descendo por ela. Os anjos são um sinal da presença majestosa de Deus. Como as pessoas se afastaram de Deus e se destruíram umas às outras, há uma pedra enorme entre o céu e a terra. Um muro entre o ideal e o real. Mas Jacó teve essa visão, o sonho de que, de alguma maneira, um dia existirá uma ligação entre o céu e a terra, um caminho para se chegar à presença de Deus. E eis que Jesus faz a incrível afirmação de que ele é esse caminho. Ele é aquele que abriu um caminho até a presença de Deus. “Portanto irmãos , tendo coragem para entrar no lugar santíssimo por meio do sangue de Jesus, pelo novo e vivo acesso que ele nos abriu através do véu, isto é , do seu corpo”. Hb 10.19,20
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PR.CRISTIANOA minha maior paixão é trabalhar na formação de pessoas em prol o reino de Deus. Saiba mais Histórico
November 2019
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